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17 Março 2017
O FADO E O HUMOR NO TEATRO SÃO LUIZ
No Teatro São Luiz, reflectiu-se sobre a compatibilidade entre o Humor e o Fado. O desafio partiu dos humoristas Ricardo Araújo Pereira e Bruno Nogueira, inserido nos ciclos de conversas Tragédia + Tempo.
A sessão contou com a presença dos fadistas Camané, Ricardo Ribeiro e Celeste Rodrigues e do pianista Mário Laginha, que discutiram a dimensão da presença do humor na música.
O fado popularizou-se ao cantar a tragédia e a mágoa, mas é possível encontrar humor e sátira em algumas das suas letras.
É possível rir com o Fado. Os fados, por serem tão trágicos podem tornar-se cómicos. Os fadistas, sobretudo homens, atribuem alcunhas uns aos outros. Por exemplo, Ricardo Ribeiro é o “pisa-papéis”, João Braga o “Ácaro”, Nuno da Câmara Pereira o “Perfeito Calhau”.
Segundo Camané, é risível quando alguém canta Fado com sotaque ou noutro idioma, por a Língua Portuguesa ser a única que se adequa, pela sonoridade, ao Fado.